Entidades do funcionalismo público comemoraram como grande vitória a decisão do presidente Michel Temer de desistir do adiamento do aumento salarial da categoria em 2019 para 2020
DCI
30/08/2018
O presidente Michel Temer desistiu ontem (29) de adiar de 2019 para 2020 o reajuste dos servidores do Executivo, transferindo ao seu sucessor um gasto extra de R$ 6,9 bilhões com a folha de salários do funcionalismo no ano que vem. Ainda assim, a categoria não cogita recuar da série de mobilizações pró-reajuste que estão sendo agendadas.
A intenção é evitar surpresas e defender suas propostas, derrubando no Congresso qualquer tentativa de impedir a aprovação de reajustes. Os servidores querem também eleger candidatos comprometidos com as bandeiras do funcionalismo. Entre as principais reivindicações, está a derrubada da Emenda Constitucional do Teto de Gastos, que limita por 20 anos o aumento dos gastos públicos com base na inflação do ano anterior. Outra é a fixação de data-base para o reajuste anual da categoria, a exemplo de mecanismo da iniciativa privada.
Ontem (29), uma fonte do Palácio do Planalto adiantou que o presidente recuou diante da reação das entidades, que já acumulam a vitória imposta ao governo no início, ao sepultar a proposta da reforma da Previdência por falta de votos. A fonte também informou que estão “adiantados” os estudos para o reajuste salarial autoconcedido dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), de 16,38%. O auxílio-moradia, pago por força de uma liminar do ministro Luiz Fux (STF), em média R$ 4,7 mil, seria incorporado ao salário, o que não causaria alteração no orçamento do Judiciário, segundo avaliou Temer.
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